Compressores de ar
15/07/2015 18:18
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O trânsito das grandes cidades é realmente um veneno para a saúde dos veículos diesel por vários fatores, principalmente, pelos problemas de superaquecimento que podem causar no motor. A partir daí, muitos itens podem ser avariados, mas um em especial sofre muito com o "anda-e-para" das avenidas congestionadas: o compressor de ar. O componente é responsável por fornecer ar comprimido para o sistema de freios pneumáticos e outros acessórios do veículo, como embreagem hidropneumática, portas de ônibus, molas pneumáticas, descarga de banheiro e acionamento de TV retrátil. O ar é sugado da atmosfera, passa pelo filtro de ar e ao mesmo tempo em que vai para o motor, chega também ao compressor. "Danos nos compressores são mais comuns de acontecer em veículos urbanos (ônibus e caminhão), pois trabalham num regime mais rigoroso de temperatura e pressão por mais tempo. No transporte rodoviário, no entanto, assim que atinge a pressão de trabalho, a válvula reguladora de pressão se abre permitindo que o compressor trabalhe em vazio, como em rodovias o consumo de ar comprimido é menor, o compressor trabalha mais tempo em vazio, o que possibilita uma maior vida útil e menor manutenção", comenta o instrutor técnico do SENAI-Ipiranga, Silas S. Bhering. Nessa matéria, realizamos a desmontagem e a avaliação do compressor da Knorr-Bremse LK 3811, que equipa os modelos da Volkswagen de caminhões e ônibus dotados de motores MWM Série 10. Nesse caso, seu cabeçote é refrigerado pelo líquido de arrefecimento do motor, porém, existem cabeçotes resfriados a ar. Utilizar corretamente e fazer as manutenções preventivas são medidas essenciais para manter o compressor de ar em ordem e evitar problemas para o motorista, seus passageiros ou sua carga. Vale lembrar que o mesmo tipo de compressor pode ser aplicado em outros veículos/motores, pois a parte de fornecimento de ar (cilindro e cabeçote) é praticamente igual para outros modelos, mudando apenas o bloco de acordo com seu alojamento no motor. Outra diferença é que esse modelo é acionado por engrenagem e outros podem ser movidos por correias.
Desmontagem Numa eventual reparação, o compressor deve ser retirado do veículo para as devidas análises. Para isso, retire as tubulações de arrefecimento, lubrificação (quando houver) e admissão de ar. Em alguns veículos pode ser necessário a remoção da turbina e tubulação de admissão de ar do motor. No caso da bomba de direção hidráulica estar acoplada ao compressor, retire seus parafusos de fixação e afaste-a o suficiente para retirada do compressor. Retire as porcas de fixação do flange do compressor e retire-o de seu alojamento, fixando-o com segurança numa morsa com mordente. Acompanhe o processo de desmontagem da peça, lembrando que a montagem é feita no sentido inverso sempre respeitando os torques especificados. 1) Comece soltando os quatro parafusos de fixação do cabeçote. O torque é feito de forma cruzada com 15Nm na primeira etapa e 30 3 NM na segunda. Durante a montagem lubrificar com óleo de motor as roscas dos parafusos.
10) Use um martelo de borracha ou de polietileno para separar o flange do bloco. Remova também o anel de vedação que deverá ser substituído. Ensaios dimensionais Obs.: Para montar, jatear com ar comprimido canais de lubrificação e as galerias de arrefecimento de todos os componentes analisados, verificando assim, possíveis obstruções. Desgastes excessivos do cilindro, pistão e anéis, podem comprometer o desempenho do compressor de ar além de facilitar a passagem de óleo lubrificante para o sistema aumentando o risco de carbonização. Desgastes excessivos entre biela e pino do pistão ou entre biela e o virabrequim, além de comprometer a lubrificação dos componentes, pode reduzir a vida útil do compressor e até provocar avarias graves no compressor. Obs.: Em caso de folga excessiva, não retrabalhar, substitua as peças. Fazer as seguintes medições: o Medir diâmetro interno da camisa e o diâmetro externo da saia do pistão. Compare as dimensões e a folga entre os dois nas tabelas 2 e 3. Meça o diâmetro interno do alojamento do pino do pistão e o diâmetro externo do pino do pistão comparando suas dimensões e folgas nas tabelas 2 e 3. o Verificar a paridade entre cilindro e o pistão conforme a tabela 1. o Retire os anéis com um alicate adequado e coloque-os um a um no cilindro para medir a folga entre as pontas dos anéis. Instale os anéis no pistão observando o correto posicionamento dos entalhes dos anéis contrapostos (figura acima, à esquerda) e meça a folga entre os anéis e as canaletas do pistão. Compare com os valores da tabela 3. o Medir o diâmetro do mancal dianteiro de apoio do virabrequim (lado da engrenagem) e o diâmetro interno da bucha do flange comparando suas dimensões e folgas com as tabelas 6, 7 e 8. o Medir o mancal traseiro do virabrequim (lado da bomba hidráulica) e o diâmetro interno da bucha do bloco comparando suas dimensões e folgas com as tabelas 6, 7 e 8.
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