Chevrolet Tracker 2.0 4x4

15/07/2015 18:19
 
Chevrolet Tracker 2.0 4x4

Chevrolet Tracker 2.0 4x4

Com uma boa relação custo/benefício, o jipe oferece desempenho no off-road sem comprometer o conforto na cidade

Por Fernando Garcia
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ALTERAR O TAMANHO DA LETRA  

Jipe é duro, desconfortável e apertado. Automóvel de passeio é baixo e não resiste aos rigores de uma trilha. Que tal unir o melhor dos dois sem pagar muito por isso? Então experimente um Tracker. Ele vem completo de fábrica com ar-condicionado, freios ABS com distribuição eletrônica EBD, airbag duplo, direção hidráulica, trio elétrico, 4x4 com reduzida e teto solar. Além disso, a carroceria e a mecânica são montadas sobre chassi de longarinas, em vez de monobloco como no EcoSport - boa notícia para quem precisa de robustez para o off-road. Outra vantagem é o design, igual para usados e zero. Lançado aqui em fevereiro 2001, o Tracker - na essência um Suzuki Vitara com o logotipo da Chevrolet - é fabricado no Japão e montado na Argentina. No início tinha motor Mazda 2.0 de 87 cv. Apesar do bom torque para trilhas (22 mkgf a 2 000 rpm), os donos reclamavam do desempenho no asfalto. No modelo 2002, veio o motor Peugeot de 108 cv a 4 000 rpm com 25,5 mkgf a 1 750 rpm, o que melhorou seu 0 a 100 km/h para 13 segundos - de acordo com a fábrica -, contra os 21,7 do anterior. Em 2004, parou de ser importado após 1 812 exemplares vendidos, devido à alta do dólar, mas retornou em 2006, com um 2.0 16V a gasolina de 128 cv e 17,7 mkgf a 4 300 rpm. 
Apesar de ser um carro robusto, prepare o bolso para as peças, importadas e caras. Um jogo de pastilhas de freio custa cerca de 500 reais, enquanto um disco sai por 1 200 reais. A dirigibilidade é um dos pontos altos, bem como a suspensão macia e a direção leve - até em baliza. Essas qualidades ajudaram o jipe a se tornar apreciado pelas mulheres, mesmo que só usado na cidade. Apenas não se esqueça de cotar o seguro, pois pode variar muito: um modelo 2003 custa 5 850 reais para um perfil até 35 anos, morador em São Paulo, ou 1 300 reais, no caso de uma mulher da mesma cidade, com acúmulo de bônus. 
PREÇO DOS USADOS (EM MÉDIA)* 
2.0 diesel (108 cv) 
2002: 44 650
2003: 52 800
2004: -
2006: -
2.0 16V gas. 
2002: -
2003: -
2004: -
2005: -
2006: 51 200
FONTE: MOLICAR 
PREÇO DAS PEÇAS 
ORIGINAL
Pára-choque dianteiro: 957
Farol dianteiro completo (cada um): 614
Retrovisor completo (cada um): 781
Lanterna traseira: 507
Amortecedor: 645 
PARALELO
Pára-choque dianteiro: 450
Farol dianteiro completo (cada um): 428
Retrovisor completo (cada um): 1 750
Lanterna traseira: 845
Amortecedor: 395

"Como reza a tradição, o motor diesel fala alto e preenche o habitáculo, mesmo com as janelas fechadas. O Tracker fica à vontade na cidade. A direção é leve e absorve bem as irregularidades do asfalto. Em contrapartida, a carroceria inclina um pouco em curvas mais fechadas (...). Para quem quer um pouco mais de emoção, o Tracker apresenta bons ângulos de entrada e saída: respectivamente 34 e 31 graus." 
ONDE O BICHO PEGA 
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Estepe 
Com o tempo, surge folga no suporte do estepe, ocasionando ruídos, em especial nos carros que rodam na terra ou em piso irregular. 
Alerta no painel 
Cuidado com uma luz amarela que acende no quadro de instrumentos, mais comum nos modelos 2002 a 2004. O alerta "Check Engine" costuma indicar falta de manutenção, como bico injetor entupido, borra no bloco do motor, sujeira no turbo, carbonização no tubo de junção do escapamento, entre outros. 
Acabamento 
Apesar de bem feito, o plástico de tom claro presente nas portas, painel e tampa do portamalas risca-se com facilidade. 
Câmbio 
Veja no manual se há carimbos de revisões do sistema de tração 4x4. Falta de manutenção e mau uso podem aumentar desgaste de platô, disco e rolamento. Durante o test-drive, avalie se a embreagem patina ou vibra em excesso. 
Suspensão traseira 
As buchas dos tirantes da suspensão traseira podem perder a rigidez, afetando a dirigibilidade. Por isso, a GM anunciou um recall para os Tracker ano-modelo 2003 e 2004. FUJA DA ROUBADA 
Evite comprar o modelo 2001, que tem motor fraco nas retomadas, apesar de contar com turbo de série. É ruim de acelerar - e de revender. 
PENSE TAMBÉM EM UM... 
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TR4: opção de câmbio automático Pajero TR4 
Tão valente nas trilhas como o Tracker, na cidade esse Mitsubishi leva a vantagem de ser menor - ele mede 4,03 metros, contra 4,21 do Chevrolet. O problema é o espaço interno, que aperta quem vai atrás. O TR4 tem ainda a opção do câmbio automático, ideal para o uso no trânsito urbano. A diferença é que ele só oferece o motor 2.0 a gasolina ou flex, o que o deixa mais esperto nas ruas, mas não tem a mesma eficiência do Tracker nos atoleiros. 

A VOZ DO DONO 
"Não tive problemas nesses dois anos que estou com o Tracker 2001. Já está com 105 000 quilômetros e não me deu dor de cabeça até agora. Você dirige em posição alta. Isso me dá boa visibilidade e ajuda a manobrar. O fato de ser um 4x4 e superar situações que um carro comum não suportaria é um fator que me atrai também. Estou satisfeita e pretendo trocá-lo por um novo".
Aurea Maria da Silva, 37anos, administradora, São Paulo (SP) 
O QUE EU ADORO 
"O custo-benefício é um dos pontos fortes do modelo. Tem até teto solar. Viajar com ele é agradável. Sua suspensão é macia e não dá solavancos típicos de jipes." 
João Pereira Xavier, 59 anos, locador de imóveis, Belo Horizonte (MG) 
O QUE EU ODEIO 
"As peças são caríssimas e precisa esperar, pois não há para pronta entrega. Falta rede autorizada maior, o que faz com que muitos donos recorram a oficinas particulares." 
Joaquim Fernandes Filho, 54 anos, professor, Mogi das Cruzes (SP)